Thursday, February 15, 2007

Quero prever o futuro.

Diz-me que não me preocupe e instantaneamente relaxo. É mágico? Não. Eu sei o que é. E o que não é. Quero-o tanto. Quero tocar-lhe e beijá-lo e amá-lo.. mas quando a realidade coincide não quero mais. Quem diria que, de todas as pessoas no mundo, eu seria a "commitmentphobic"? É um título que me assusta? As reacções exteriores? Tem de ser segredo. Não é justo. Só sei começar pelo fim que no fundo não é fim porque voltamos sempre a colidir. Gostava de perceber em que dimensão paralela do universo eu lhe poderia estar a fazer bem, porque é que ele diz que sim à recorrente inevitibilidade do não? Ele merece flores.. um sim permanente anexado a um sorriso, simplicidade e honestidade, ternura..


Faz a minha caracterização:

Sunday, February 11, 2007

Se eu ao menos soubesse fazer aquilo que realmente me apetece. Se eu ao menos soubesse reconhecer o que é. É falta de coragem? É altruísmo? É uma compulsividade em sabotar qualquer hipótese de satisfação? O que eu quero muda a cada instante.. ou é por não saber o que quero que não me sei decidir? Ou estou em «processo de mudança» ou tenho perguntas. I never seem to start living.
Queria convencer-vos de que não vou a caminho de nada. Não tenho potencial para me tornar seja o que for. Eu sou isto, agora. Assim tão incompleto? Espaço para aperfeiçoamento existirá sempre.. nunca ninguém senão eu ambicionou a minha perfeição. Não esperem. Eu não espero mais. Preciso de acreditar que sou o suficiente. Não sou o suficiente?

Saturday, February 10, 2007

http://www.youtube.com/watch?v=4V23eDkn_rY

Thursday, February 08, 2007

(40) «ALDO»



There is always a price on perfection.
Horas de acordar. Expiro todo o sono. Sem entusiasmo. Preciso de oxigénio. Os dias seguem pelas rectas paralelas que anseiam por se tocar. A tragédia está doente, há mais de um mês que não sai de casa. Mas os ponteiros do relógio insistem em competir com as gotas que pingam do tecto. Chove. Chove muito. Os olhos ardem-me de sonhos incompreensiveís. Embrulho prazeres secretos em panos velhos para arrumar no sotão. São tantos os pensamentos que afasto, encolhe o subterfúgio. Do nada tiro coisa alguma e "tu" ecoa nos meus ouvidos. Mas quem és tu? (E quem sou eu?) Será que um ciclo lunar anuncia o fim do mundo ou simplesmente a ausência de festejo sobre uma data a que renúncio? Não é medo, nem susto, nem pena de uma hipotética insuficiência social.. é descobrir que a Terra partiu em viagem, traçou - de novo - o caminho da luz, e regressou; e o tempo não trava amizade com um sopro de existência que o esgota e o troça e o desperdiça, sem coleccionar dados de pesquisa. É cansativa a eterna reconstrução de algo que nunca foi nem poderá vir a ser. Não é pessimismo, é motivação, e a pérola perde - solitária - o seu brilho.

Monday, February 05, 2007

Às vezes sinto-me tão sozinha que nem sei como acabar a frase. Escrevo máscaras para esconder o medo de não ter nada para esconder. Se acordo e sou transparente adormeço para sempre. O esforço torna a vitória mais doce, mais salgada, mais a gosto. Sair do foco no centro do meu palco era chegar à noite de estreia. Não sou mais que memórias que não largo, realidades inoportunas, indevidamente guardadas. Aspiração de Rapunzel. A canção de embalar chega tarde, não tenho voz. Atiro - com os olhos - o copo à parede e vejo os vidros gritar por sangue em acidentes de percurso. Vejo no reflexo da chuva o esconderijo perfeito para as palavras que deixei de procurar. A chaleira avariou. Oiço-a chiar a minha frágil insegurança:
- pára de escrever.. pára de escrever.. deixa de escrever.

Saturday, February 03, 2007

Decide o que é importante e escolhe. Não sou mais vítima que todos os outros que vivem esfomeados de companhia. O que eu quero é tudo. A perfeição. A distância aumenta com a vontade. Acordas sem ver por dentro? Bolachas e leite. Mais um soldado perdido numa batalha cujo nome ninguém recorda. De onde apareceste? Uma partida estranha que nos impede de nos odiarmos ao antes nos termos amado. Copos vazios e rabiscos. Acende o isqueiro e queima as semanas. Não quero fazer sentido. Posso eu, tão intransigente, ter mudado? Um total máximo de 50 horas.. porque é que ainda não me perdi? Perigo iminente. Podes vir a ver-me. Estava à espera que o mundo desabasse neste segundo. Não. Tesoura e agrafador intactos. Deita fora a carta e guarda o envelope. I want the excitement.. make me.