Wednesday, March 07, 2007

A goldfish named James Dean

Há dias que nos correm assustadoramente bem. Não me lembro da última vez que gostei do meu dia de anos. Quando os gestos encaixam e o diálogo não mente e as situações são mais que sugestivas, perde-se o desnecessário. O risco no relógio parece mais ameaçador quando o seu valor aumenta. Aumenta a ameaça? Ainda é considerado um segredo quando todos sabem menos tu? Hoje faço anos. Agora. 23h45. Faço minutos. Quero simultaneamente tecer lentamente o tempo com mãos compridas de paciência e correr ao encontro de fantasias que presumo partilhadas. A palavra é fugaz. Não sei porquê. Viver não é sempre arriscar como arriscar não é sempre morrer. A coragem é uma decisão. Gosto de dançar e quero fazê-lo só para mim. Sem cuidado: ofereço de repente o que não é pedido. O meu é um mês de inverno. Vou sonhar. Permito-me permitir. Nadar em clichés até afogar em kitsch. kitch? kich? kitsh? Não me ofendo. Quero muito. Controla o controlo. Blargh. Ensino lições de moral à criança interior de uma criança que por não ser mais criança reage como criança à criançice que é crescer. Faltam cinco minutos para o dia deixar de ser meu. Rápido! Cabertodasascoisasqueaindanãodescobriqueprecisodedizernosúltimos
segundosemqueestáasseguradoabsolutamentenada.. não me importava de ter mais dias assim. Criados por mim. Suportados por outros que mais de mim conhecem que uma película (aderente?) que protege a bagagem contra o roubo, o desvendar da própria curiosidade. This could be interesting. Possibly «nice».

1 Comments:

Blogger maria said...

«Não me lembro da última vez que gostei do meu dia de anos.»
Ainda bem que não foi só mais um dia!
Beijão

2:41 PM  

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