Delírios, alguns.
Twice a week, my heart beats twice a week.
Every other week it beats times three.
And then i wake the day after from the day before,
And my heart stops..
And then it beats some more.
18.03.10
Leva-me contigo
Leva-me p'ra longe
Mas leva-me perto..
Há no espaço entre as palavras
Um silêncio que (me) comove.
21.03.10
O que tu não sabes
E eu finjo que não sei
É que sabes melhor
O que eu saber não ousei.
22.03.10
És o dia que começa lentamente,
O sol tímido que se envergonha
De tomar o seu lugar no alto,
De destronar a lua
E dar descanso às estrelas
Pedes por favor às nuvens,
Nessa tua força prudente,
Que te saiam do caminho -
Nem sempre obedecem.
Demoras-te no meu peito
O teu calor na minha pele
E quando te despedes
Guardo nos olhos fechados
Nódoas negras da tua ausência
É por ti que durmo de olhos fechados.
22.03.10
A ressacar a tua ausência. Também eu me sinto presa às circunstâncias, quero o relógio sem tempo, o que quisermos, fazer-te sorrir, sorrir eu também.
28.03.10
Temo o que a liberdade me trará. Estás tão longe assim perto, o que fará a distância palpável? Quero a pura inversão. Mais que a imaginação. A confiança parece-me alcançável nessas últimas horas do dia em que a minha própria serenidade me comove e tu estás ao meu lado. A música é melhor assim, contigo.
28.03.10
O dia em que a hora mudou.
Combinaram encontrar-se nesse dia, à hora em que a hora mudava. Combinam cada um para si, na esperança da combinação do outro.
O dia tem tantas horas.
Antes do encontro viria ainda a dança silenciosa dos meios encontros. E ainda algures no meio desse malabarismo incompreensível, os três-quartos-de-encontro, cuja subtileza faz duvidar a realidade. Pela manhã, são os cigarros que se acompanham, as mãos que os seguram - e estendem em braços e corpos inteiros - não são mais que sombra de fumo. Entardece, e são as vozes que ecoam, não há ainda espaço para significados. O ritual ganha densidade, massa, volume. E cai a noite. Como companhia, só o vibrar da circunstância. Encontram-se afinal. Finalmente. Ainda assim, finge cada um a coincidência, receio do fingimento alheio. Os sentidos ganham sentido, em cada palavra, gesto, tom, pausa.. despedem-se desajeitados ao soar da meia-noite, e sem perturbar o silêncio, entre o pensamento e o sonho, a hora muda.
28.03.10
Every other week it beats times three.
And then i wake the day after from the day before,
And my heart stops..
And then it beats some more.
18.03.10
Leva-me contigo
Leva-me p'ra longe
Mas leva-me perto..
Há no espaço entre as palavras
Um silêncio que (me) comove.
21.03.10
O que tu não sabes
E eu finjo que não sei
É que sabes melhor
O que eu saber não ousei.
22.03.10
És o dia que começa lentamente,
O sol tímido que se envergonha
De tomar o seu lugar no alto,
De destronar a lua
E dar descanso às estrelas
Pedes por favor às nuvens,
Nessa tua força prudente,
Que te saiam do caminho -
Nem sempre obedecem.
Demoras-te no meu peito
O teu calor na minha pele
E quando te despedes
Guardo nos olhos fechados
Nódoas negras da tua ausência
É por ti que durmo de olhos fechados.
22.03.10
A ressacar a tua ausência. Também eu me sinto presa às circunstâncias, quero o relógio sem tempo, o que quisermos, fazer-te sorrir, sorrir eu também.
28.03.10
Temo o que a liberdade me trará. Estás tão longe assim perto, o que fará a distância palpável? Quero a pura inversão. Mais que a imaginação. A confiança parece-me alcançável nessas últimas horas do dia em que a minha própria serenidade me comove e tu estás ao meu lado. A música é melhor assim, contigo.
28.03.10
O dia em que a hora mudou.
Combinaram encontrar-se nesse dia, à hora em que a hora mudava. Combinam cada um para si, na esperança da combinação do outro.
O dia tem tantas horas.
Antes do encontro viria ainda a dança silenciosa dos meios encontros. E ainda algures no meio desse malabarismo incompreensível, os três-quartos-de-encontro, cuja subtileza faz duvidar a realidade. Pela manhã, são os cigarros que se acompanham, as mãos que os seguram - e estendem em braços e corpos inteiros - não são mais que sombra de fumo. Entardece, e são as vozes que ecoam, não há ainda espaço para significados. O ritual ganha densidade, massa, volume. E cai a noite. Como companhia, só o vibrar da circunstância. Encontram-se afinal. Finalmente. Ainda assim, finge cada um a coincidência, receio do fingimento alheio. Os sentidos ganham sentido, em cada palavra, gesto, tom, pausa.. despedem-se desajeitados ao soar da meia-noite, e sem perturbar o silêncio, entre o pensamento e o sonho, a hora muda.
28.03.10
0 Comments:
Post a Comment
<< Home